Na manhã desta quinta-feira (10/04), aconteceu o treinamento “Fluxo de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo no Piauí” na Câmara de Vereadores de Pimenteiras, realizado pela Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos – SASC - e Ministério Público do Trabalho no Piauí –MPT/PI, cujo convidaram gestores municipais, legislativo, profissionais da rede socioassistencial, organizações da sociedade civil.

A secretaria de Assistência Social, Marilucia Alexandre, e sua equipe foram parceiros nesta ação e essa mesma Secretaria será a base para combater o trabalho escravo no município. Estiveram presentes o vice-prefeito, Zé Ota, secretários municipais, vereadores, servidores municipais, representantes dos Sindicato dos Trabalhadores e Conselho Tutelar, além de sociedade civil todos atentos para buscar responder ao questionamento proposto: “Como Romper o Ciclo do Trabalho Escravo?”.

As gerente e coordenadora das Pessoas Resgatadas da SASC, respectivamente, Maria da Graça Ferreira e Ana Cristina, apresentaram a história do tema, os 388 anos de escravidão e a abolição no Brasil com a Lei Aurea, que o direito adquirido aos trabalhadores com a CLT foi concebido apenas aos trabalhadores urbanos, sendo necessário punição ao país para em 1995 reconhecer o trabalho escravo na nação e só então ser criado o Grupo Móvel de Fiscalização com a PF, PRF e MPT.

O procurador da MPT/PI, Dr Edno Moura, apresentou dados alarmantes, para uma sociedade vivendo em pleno século XXI, que chocaram a plateia com as condições de trabalho degradantes e privação da liberdade de trabalhadores rurais no Piauí, inclusive o recente caso de 21 pimenteirenses resgatados que foram traficados para trabalho análogos ao escravo numa fazenda no estado vizinho. "Dos anos 90 até a atualidade foram 60 mil casos no Brasil, sendo 1144 trabalhadores resgatados no Piauí", exemplificou a procurador da MPT-PI.

 

 

 

Redação e revisão: Monia Nogueira